Notícias publicadas sobre a Conferência

“Carolyn Webster-Stratton, investigadora norte-americana doutorada em psicologia clínica, esteve ontem em Coimbra para falar de Anos Incríveis, um programa que criou e que facilita ferramentas e conhecimentos a pais e educadores no relacionamento com crianças com problemas comportamentais. Ao intervir na sessão inaugural da conferência “Prevenção e intervenção precoces em distúrbios de comportamento em idade pré-escolar: eficácia de programas parentais e escolares baseados em evidência”, Carolyn Webster-Stratton, recentemente distinguida pela Academia de Pediatria dos USA, explicou um pouco do seu percurso profissional e académico, que começaria há mais de 40 anos, como formadora de enfermeiras em África, revisitando valores de cooperação ou percepções de resistência das famílias à mudança, ou o entendimento de diferentes culturas. Da enfermagem para a psicologia, a professora jubilada da Universidade de Washington leva já mais de três décadas de estudos e avaliações de acções de promoção e prevenção social. O programa Anos Incríveis, adaptado por técnicos de vários países, subdivide-se em três programas, interligados, para pais, educadores e crianças de diferentes idades, até aos 12 anos. A conferência de ontem, no auditório do ISCA, deve o nome a um estudo de duas investigadoras da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), que procurou testar, em Portugal, a eficácia do referido programa em figuras parentais de crianças dos três aos seis anos, com problemas comportamentais diagnosticados. Orientado por Maria Filomena Gaspar e Maria João Seabra Santos, o estudo envolveu 125 parentes/educadores de crianças, de Coimbra e do Porto, durante 14 semanas. Nas conclusões, salienta-se que “a aplicação do programa revelou eficácia em Portugal, tendo-se registado a redução de sintomatologias de hiperactividade, défice de atenção e oposição e desafio, agressividade e impulsividade, assim como um aumento das competências parentais”. Ontem, de resto, esteve em destaque a eficácia do programa em crianças de perturbação de hiperactividade e défice de atenção, ou em comportamentos de oposição/desafio, analisando-se ainda o programa Anos Incríveis na perspectiva de educadores de infância ou de futuras possibilidades de aplicação. Na abertura da conferência, Luísa Morgado, directora da FPCEUC, realçou a qualidade da investigação num projecto com características muito particulares e, também, o impacto directo do estudo na comunidade.” In Diário de Aveiro, 10-11-2013, pág. 15; Diário de Coimbra, 10-11-2013, pág. 3 Ou ainda nos seguintes sítios da internet: