domingo, 23 de novembro de 2008

Novos Grupos de Pais! (Estudo Piloto em Marcha)


Amanhã avança uma nova etapa do nosso estudo piloto! Após a triagem e avaliação de várias famílias, iniciaremos 2 grupos de pais de crianças sinalizadas por dificuldades de atenção, agitação psicomotora, impulsividade. Estes grupos serão dinamizados na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, com o apoio do Serviço de Avaliação Psicológica e do Centro de Psicopedagogia. Estamos muito entusiasmadas com o facto destes pais terem aceite este desafio e esperamos que o trabalho que irá ser desenvolvido nas próximas 12 semanas seja eficaz para estas famílias. No fim do programa, para além do maior suporte entre os pais, as malas que eles vêm construíndo desde o nascimento dos seus filhos terão mais ferramentas, assim como, mais estratégias eficazes e criativas para lidar com os comportamentos difíceis das suas crianças.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

NOTÍCIA PÚBLICO: Ritalina antes dos 5 anos? Vale a pena investirmos na intervenção parental!

"Especialistas condenam prescrição de psicofármaco Ritalina a menores de cinco anos"
Em 24.09.2008 - 20h41 por Andrea Cunha Freitas
Desta vez, os avisos vêm do Reino Unido. As novas linhas orientadoras ditadas pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE) referem que o conhecido medicamento chamado Ritalina (nome comercial do metilfenidato) usado para casos de défice de atenção e hiperactividade não deve “em caso algum” ser prescrito a menores de cinco anos e, apenas em último recurso, deve ser usado por crianças mais velhas. Em Portugal, os especialistas sublinham que a prescrição destes fármacos a crianças com menos de 5 anos abrange uma pequena minoria e situações muito especiais.As novas directivas britânicas neste campo foram divulgadas hoje pelo diário inglês "The Guardian". Segundo este jornal, os especialistas defendem que antes de receitar Ritalina é preciso assegurar que todas as outras estratégias foram tentadas e falharam. Assim, fala-se numa aposta na formação de pais e professores para que aprendam a lidar com estas situações delicadas antes de simplesmente prescrever o medicamento que acalma a criança. Para a formação é proposto um programa de 12 semanas e apenas nos casos mais graves e como último recurso deve ser usado o psicofarmaco, sublinham. Além disso, o uso destes medicamentos, diz o NICE, deve ser sempre acompanhado de apoio psicológico. A prescrição de medicamentos como a Ritalina sempre foi alvo de controvérsia e debate na comunidade científica. Ainda assim, há milhões de crianças em todo o mundo que parecem precisar desta medicação para resolver problemas de desatenção. Em Portugal, o problema deverá afectar entre 3 a 5 por cento da população escolar. “O manancial de experiência adquirido até hoje permite concluir que é um medicamento eficaz e seguro. Temos dados suficientes para concluir que a taxa de complicações a curto e longo prazo é muito baixa”, referiu ao PÚBLICO, o neuropediatra José Carlos Ferreira, especialista nesta área, admitindo que o fármaco pode produzir efeitos secundários já relatados como, por exemplo, palpitações e falta de apetite. “Há sempre muita vigilância nestas situações”, nota. O pediatra Pedro Cabral acrescenta: “É prescrito a muito poucas crianças com menos de cinco anos e com cuidados especialíssimos”

domingo, 7 de setembro de 2008

Congresso Europeu de Terapia Cognitivo-Comportamental



No passaso dia 11 de Setembro de 2008, tivemos um poster na sessão: Parenting Skills, em Helsínquia. O nosso principal objectivo consistiu em divulgar o projecto e submetê-lo à apreciação das inúmeras pessoas que por lá passaram.

sábado, 6 de setembro de 2008

O que é o Programa "Anos Incríveis"?


O Programa Básico de Treino Parental “Anos Íncriveis” (Incredible Years), desenvolvido por Webster-Stratton (www.incredibleyears.com) é um programa de empiricamente validado. Tem sido recomendado na área da saúde mental de crianças com problemas de comportamento, na prevenção contra a violência e de abuso de substâncias.
É implementado ao longo de 12 semanas, em reuniões de 2 horas, num grupo com o máximo de 12 pais e dinamizado por dois líderes. São trabalhadas aptidões como: brincar, elogiar e recompensar a criança; dar ordens de forma eficaz; estabelecer limites claros; promover estratégias de resolução de problemas. Cada sessão inclui a revisão da sessão anterior, desenvolvimento de um novo tópico, apresentação de cenas gravadas em vídeo (situações de interacção entre pais e filhos), discussão em grupo e prática de novas estratégias. De forma a facilitar a vinda dos pais ao programa, normalmente são contempladas algumas medidas (baby-sitting dos filhos).
Este programa tem revelado resultados positivos na diminuição dos comportamentos problemáticos de crianças, no incremento das competências parentais, na interacção pais-filho e na manutenção dos ganhos ao longo do tempo.
Este programa está a ser utilizado em diversos países, assim como, em Portugal. O primeiro grupo foi dinamizado em Coimbra, pelas Professoras Doutoras Maria Filomena Gaspar e Maria João Seabra-Santos (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Coimbra).

Projecto Piloto em Curso

Actualmente encontra-se em curso a primeira fase do estudo piloto: divulgação do projecto a pediatras e outros técnicos na área da saúde para sinalização de crianças em risco (crianças entre os 3 e os 6 anos com sinais e sintomas de falta de atenção, impulsividade e hiperactividade). Posteriormente pretende-se passar para a segunda fase do estudo: Contacto com as famílias (explicação do projecto, entrevista aos pais e observação da criança) para, ainda este ano iniciarmos um Grupo de Pais com o Programa Anos Incríveis.